quinta-feira, 7 de maio de 2009

NEUROPSICANALIS_BAK[3]



1







Neuropsicanálise: uma reconciliação
possível
? (Artigo completo)







Amauri B. Bartoszeck, Fellow in Basic Medical Education
(ECFMG-Philadelphia), Consultor Acadêmico e de Pesquisa
Científica do Instituto de Neurociência do Paraná
(INEPR), abbartoszeck@gmail.com.







Introdução.







A Neurociência constitui-se em uma via
interdisciplinar que possibilita entender a estrutura e
funcionalidade do cérebro humano. A neurociência moderna
representa a fusão de outras disciplinas entre si, como a
biologia celular, embriologia, neuroanatomia, neurofisiologia,
psicofarmacologia (Kandel et al., 2003; Purves et al., 2005). A
Psicanálise em interação com a Neurociência
articula uma das mais novas pontes entre as ciências humanas e
as ciências naturais (Soussumi, 2004; Lyra, 2004). O fenômeno
da ansiedade, por exemplo, pode ser devido à modificação
da neurotransmissão sináptica, à síntese
protéica na membrana neuronal ou ainda devido a regressão
do indivíduo ansioso à fase infantil e a permanência
de sofrimento por estímulos aversivos, ou no caso da
depressão, “desregulagem” no mecanismo de defesa
(Rodrigues, 1985; Nesse, 2000; Wickens, 2000; Le Doux, 2000). Tem
como elo o conhecimento do desenvolvimento filogenético, isto
é o caminho da descendência à partir dos
antecessores, e ontogenético, qual seja o desenvolvimento do
indivíduo a partir da célula ovo (zigoto) até a
fase adulta da espécie animal, incluindo o ser humano (Karp &
Berrill, 1981). No plano comportamental pode ser visto na perspectiva
darwiniana da Psicologia Evolucionista (Nesse & Willimams, 1994;
Nesse & Berridge, 1997; Mayr, 1997; Barrett et al., 2002; Workman
& Reader, 2004; Souza, 2007; Zimmer, 2008). É uma
abordagem que visa re-examinar o comportamento humano á luz da
seleção natural. Está baseada no fato que um dos
antecessores do homem atual, a espécie Homo habilis que
apareceu a cerca de 2.5 milhões de anos atrás, ter
evoluído durante muitos anos em um meio-ambiente muito
diferente do atual (Facchini, 1997; Foley, 2003; Calvin, 2004).
Todavia, nossos predecessores enfrentavam várias vicissitudes
para se adaptarem a savana. Entre as limitações para
garantir a sobrevivência, destacam-se a necessidade de
manter-se aquecido, encontrar alimento e evitar doenças,
acidentes e predadores. Além disso, era preciso superar as
limitações sociais, qual seja a manutenção
de reciprocidade nas ações, identificar e evitar os
farsantes, assegurar boa posição na hierarquia do
grupo, e acima de tudo encontrar parceira para reprodução
e, ao mesmo tempo, garantir uma ligação forte para
criar a prole (Evans & Zarate, 1999; Ridley, 2000).







Evolução e psique.



A evolução além de selecionar as
características físicas do indivíduo melhor
adaptadas ao meio ambiente pretérito, também selecionou
mecanismos psíquicos mais vantajosos para lidar com situações
sociais da época. Assim, vê-se que nosso cérebro
não foi selecionado para viver num ambiente urbano, altamente
tecnológico como o atual. Para as funções
básicas do cérebro, que organiza a homeostasia do
corpo, isto é, as condições do ambiente interno
e os processos dos mecanismos reguladores pela retroalimentação,
isto não importa, mas para outras, como a ativação
crônica do sistema de alarme, pode ser desastroso para o
organismo, como manifestações inesperadas de ansiedade
(Morgan, 1982, 1995; Barondes, 1998; Cartright, 2001; Pinel, 2005;
Fox, 2007).



A dinâmica da teoria psicológica da
consciência alicerça a eficácia da técnica
psicanalítica, demonstrada empiricamente pela pesquisa
corrente da Neurociência.



Postula-se que os fenômenos humanos são
biológicos em suas raízes, sociais em seus fins e
mentais em seus meios. Contudo, outras correntes científicas,
notadamente a reflexologia e o comportamentalismo, propõe que
os fenômenos humanos, só podem ser avaliados pelo
mecanismo de “estímulo-resposta”, descartando de
certa forma o cérebro, por ser a “caixa preta”
pouco passível de decifração (Skinner, 1970). Em
oposição a essa abordagem, há uma ala de
pesquisadores que valorizam os mecanismos cerebrais, geradores do
comportamento humano (Andreassi, 1989).







Representação do conhecimento.



O uso de modelos para representar conhecimento tem uma
base científica (Gentner & Stevens, 1983; Gilbert, 1991;
Gilbert & Boulter, 2000). As analogias são úteis na
tentativa de interpretar o funcionamento do cérebro. Assim,
este órgão biológico historicamente tem passado
pelos modelos hidraúlico, entérico, epitelial (Savy &
Clément, 2002).



O estudo das funções cerebrais requer uma
metodologia multidimensional que enfoque aspectos neurobiológicos
e comportamentais em relação ao meio ambiente
(Shepherd, 1998). Atualmente, o cérebro tem sido visto nas
seguintes perspectivas:




  • Circuito eletro & eletrônico regido por
    servomecanismos e sistemas de retroalimentação
    (feedback);



  • sítio da memória, dos pensamentos, da
    inteligência, da emoção;



  • sistema físico-químico regido pela
    casualidade e auto-organizado (Black, 1991; Kelso, 1995).







Evolução da mente.







A mente é considerada uma “entidade”
que foi construída com lentidão temporal, que em função
de um substrato biológico extremamente complexo, gera o
processo mental. Nos humanos os domínios da mente, tais como
social, lingüístico, naturalista estão integrados,
permitindo a emergência do pensamento simbólico, sendo
extremamente primitivo nos antepassados hominídeos. Assim, a
mente do chimpanzé e a mente humana, além da diferença
de grau, mostram profunda diferença estrutural (Mithen, 1998;
Ornstein, 1998; Rapchan, 2005). O mecanismo de internalizar a
experiência advinda da interação com o meio
ambiente, torna-se básico para a construção da
mente. Funções superiores do cérebro, tais como
memória, sono & sonho, linguagem, pensamento, emergem da
configuração de grupos neuronais interagindo com
estímulos internos & externos oriundos do meio (Carter,
2002). Desta feita, o sistema nervoso mais complexo, é como se
fosse uma interface, que permite o indivíduo organizar a
informação captada pelos canais sensoriais, e
transformá-la em significado. O complexo cérebro-mente
lida com a informação inicialmente no plano dos
receptores sensoriais. Assim, se tivéssemos uma banana, suas
qualidades físicas seriam analisadas e decodificadas pelo
indivíduo, de acordo com a experiência, aprendizagem e
memória anterior, como forma, cor, se está madura,
lembrança do sabor, (Levitan & Kaczmarek, 1997). Depois as
informações são processadas na esfera
intra-cerebral e se atribui significado no nível semântico.
Assim, a banana pode ser vista como meramente uma fruta saborosa, ou
se fazer cogitações sobre suas qualidades nutricionais,
aos turbantes de Carmen Miranda ou alusão pejorativa à
“Banana Republics”. A mente tenta decodificar o mundo e
dar-lhe ordem e significado (Varela et al.,1991; Rose, 1992). A
imprecisão e a contradição são inerentes
ao raciocínio humano. Na dúvida, procura-se pelo
pensamento difuso, nebuloso de lidar com a imprecisão e a
ordem & desordem das coisas e eventos (Nick, 1993; Harth, 1993;
Greenpan & Benderly, 1997). Esta forma de pensamento busca
alternativas por meios de raciocínio “desconstrutivo”
, conduzindo a criatividade (Hofstadter, 1980; Demo, 2002; Edelman,
2004; 2006).



A organização do complexo “mente-cérebro”
pode ser estudado em 4 níveis, que mostram certa ordem
hierárquica “bottom-up” (Franklin, 1995):








  • [1] nível neurobiologia do desenvolvimento:
    organização dos circuitos neuronais e sinapses
    orquestrado geneticamente, embora posteriormente influenciado por
    fatores de natureza sociocultural;



  • [2] nível neuronal: características
    biofísicas da membrana excitável, como a dinâmica
    dos canais iônicos, ativação dos receptores aos
    neurotransmissores na superfície da membrana.



  • [3] nível funcional: organização e
    atividade dos circuitos neuronais;



  • [4] nível conceitual: representado pelas “redes
    semânticas”, sistemas conexionistas;




Historicamente sabe-se que existe especialização
de um dos hemisférios cerebrais para a função da
linguagem (Springer & Deutsch, 1998). Fatores culturais de um
determinado ambiente, por o uso de símbolos para a
representação da linguagem escrita, podem direcionar a
organização cerebral (Pinker, 1994; Deacon, 1997). Nos
japoneses (e possivelmente nos chineses) a organização
dos circuitos neuronais para a linguagem, difere da dos ocidentais
(Marino, 1989). Desta forma, os caracteres ideográficos
“kanji” são processados no “cérebro
direito” ao passo que os símbolos de linguagem não
ideográficos “kana” são processados no
“cérebro esquerdo”. Contudo, em estudos feitos com
indivíduos, que por razões neurológicas, tiveram
a secção do corpo caloso separando os dois hemisférios,
revelou-se que tanto o kanji como o kana, são processados
principalmente no “cérebro esquerdo” e a função
do “cérebro direito” destes pacientes japoneses
para a leitura e escrita do “kanji” é de fato
mínima ( Hatta, 1998; Iwata, 1986).







Evolução do comportamento.







Os seres vivos (animais e plantas) organizam sua
existência dentro do binômio -captação de
nutrientes e combate aos predadores. Qual seja a inserção
no mundo natural está calcada na evolução
filogenética, pari-passu com a ontogênese. As espécies
animais particularmente desenvolveram estratégias voltadas ao
ataque, a defesa de sua integridade ou da prole, e ou fuga do
predador. O medo de certas situações foi trazido á
tona por estratégias preservadoras da vida. O cérebro
tem mecanismos intrínsecos que lhe faculta auto-aprendizagem,
nem sempre dependendo de mecanismos conscientes. São
comportamentos adaptativos desenvolvidos pela evolução,
no esquema “comportamento-adaptação-sobrevivência”
(Rocha, 1999; Allman, 2000).



Há uma semelhança evolutiva entre os
indivíduos pluricelulares e os unicelulares, como o
protozoário da espécie Paramecium sp., cuja membrana
celular possui canais iônicos que permitem a troca de íons
e outras substâncias químicas com seu micro-ambiente e o
neurônio único isolado.Todavia não possuem
sistema nervoso, mas pode-se supor os componentes rudimentares do
reflexo. A variação nos gradientes de concentração
de substâncias no ambiente, transferência para o interior
da célula e podem eliciar atividade motora evitando obstáculos
(Hille, 1994). Ao se fazer o registro do potencial de repouso
(membrana) neste organismo unicelular, obtém-se ao redor de
-50 mV, muito próximo do observado em neurônio de
vertebrados (Cotterill, 2001). No entanto, nos seres pluricelulares
além dos processos elementares do processamento neuronal e
particularmente nos primatas, as funções “superiores”
como inteligência e linguagem são atividades
“emergentes” do arranjo funcional de circuitos neuronais,
que formam um mosaico instável tal qual a figura formada pelo
caleidoscópio, que se modifica a cada agitação
da mão ( Jewett & Rayner, 1984; Edelman,1989; 1992).











Andaimes de duas culturas.



A linha de demarcação entre ciência
(particularmente a Física) e humanidades sempre foi ignorada
pelos pesquisadores e escritores, gerando inúmeras idéias
errôneas entre os dois campos, sendo que a integração
de saberes uma postulação e prática recente
(Snow, 1959).



Nos idos de 1880 a comunidade científica se
debruça sobre o fenômeno neurológico da
“histeria” isto é sintomas de dissociação,
que podem se manifestar por paralisia de membros, bloqueio na
sensibilidade tátil, perturbação na habilidade
de falar segunda língua. Um segundo aspecto era a “epilepsia”,
qual seja “trens” de descarga elétrica (potencial
de ação) em alta freqüência e quase
simultâneos, provocando perda da consciência, que se
manifesta como estado de “ausência”, em quase todo
a córtex cerebral e tálamo. Estas manifestações
comportamentais, estavam sendo investigadas por pesquisadores
oriundos de várias áreas do conhecimento da época.
Aperfeiçoam-se, desta feita, as observações do
corpo humano com relação ao sistema nervoso, isto é
a manifestação comportamental com base no cérebro.
É o embrião dos princípios básicos das
neurociências e da psicologia científica tendo como
objeto de estudo, ainda que por abordagens distintas o comportamento
humano. Nesta ocasião, S. Freud fazendo uso de sua experiência
nas investigações de neuroanatomia animal comparada, e
a contribuição de Ramon y Cajal na identificação
do neurônio e circuitos neuronais, postula o conceito de
inconsciente na sua teoria da mente e os fundamentos da terapia pela
técnica da Psicanálise, na perspectiva de ciência
natural. A maioria de seus contemporâneos já fazia
distinção entre fatores biológicos e processos
psicológicos No entanto, os métodos experimentais e os
aparatos tecnológicos da época o afastam de localizar
sítios neurais responsáveis pelas manifestações
psíquicas e comportamentais. Parte para fazer interpretações
de cunho filosófico e analisar essencialmente variáveis
psicológicas e junto com seus seguidores, ainda que a
psicanálise se expanda para vários ramos do
conhecimento, adota uma postura hermenêutica (Roudinesco,
2000). Vários de seus seguidores vão a extremos e
tentam explicar todos os sintomas clínicos em termos do
“inconsciente”. O inconsciente não é o
depósito dos traumas e frustrações que passam a
orientar a atitude do indivíduo, nem todo sonho traduz um
desejo irrealizado, nem toda carência é sexual. A mente
nos seus aspectos fisiológicos e a influencia cultural é
o produto do cérebro, e tem expressão orgânica.
Desta forma, a psicanálise se afasta dos ditames da ciência
natural, pela dificuldade de se submeter ao “método
experimental” e perde a credibilidade frente a comunidade
científica mundial (Gazzaniga, 1992; Lepargneur, 1994;
Harris, 1998).



No entanto, a teoria freudiana se preocupa como a mente
se forma, se desenvolve e mescla em seus produtos, como um mecanismo
do cérebro, e para entender sua origem e amadurecimento, se
faz mister desvelar as raízes biológicas de sua origem.
Assim, concebe o psiquismo como um processo adaptativo para a
preservação da vida (Jaynes, 1976; Taylor, 1979;
Dawkins, 1995; Greenfield, 1995; 1996; Andrade, 2003). Uma ferramenta
importante para o estudo da psique são os conteúdos
oníricos, tão caro à teoria psicanalítica
e ponte de integração com a abordagem neurocientífica
(Lemgruber et al., 2004; Lyra, 2006; Cheniaux, 2006). . Contudo, o
objeto de investigação da neurociência é o
sono, particularmente sono-REM, sua origem evolutiva, significado na
aprendizagem e memória e influência no controle da
homeostasia do corpo do indivíduo (Magnin, 1992; Orlock, 1993;
Hobson, 1994; Dement, 1999). Solms, (1995, 2000) entretanto afirma
que sono-REM e sonhos podem ser dissociáveis, ocorrendo quase
10% deles na fase não-REM. O primeiro por mecanismos da
atividade colinérgica da ponte e o último pelos
circuitos dopaminérgicos do cérebro anterior. Por outro
lado o sistema mesolímbico-mesocortical está
relacionado com estados motivacionais como beber, comer, copular,
sendo este sistema gerador do sonho. Assim, a hipótese de que
os desejos são instigadores dos sonhos proposta por Freud,
encontra apoio na relação sonhos ativação
do sistema mesolímbico-mesocortical (Cheniaux, 2006). Outra
abordagem salienta a visão psicanalítica de que os
sonhos contêm dados do dia anterior os “restos do dia”,
que incluem atividades dos mecanismos de memória (Ribeiro &
Nicolelis, 2004). Desta forma, facilitando o aprendizado, e assim os
sonhos podem desempenhar papel marcante na consolidação
das memórias, facilitando a trajetória das mais
recentes do hipocampo para a maior permanência no córtex
pré-frontal (Ribeiro, 2003).



Conclusão



Edelman & Tononi, (2002) afirmam que o inconsciente,
no sentido freudiano, continua a ser uma noção
indispensável para a compreensão científica da
vida mental do indivíduo, apesar do grande avanço
experimental da neurociência e o aperfeiçoamento do
suporte tecnológico. Kandel, (1999) propõe oito pontos
que permitiriam a ancoragem vantajosa das naves da Biologia e
Psicanálise na seara do pensamento contemporâneo.
Salientamos dois pontos: a existência de uma relação
entre o pré-consciente, o inconsciente freudiano, e a córtex
pré-frontal; a relação entre a psicoterapia e
alterações nos circuitos neuronais do cérebro,
resultantes da aprendizagem e memória, monitorados na
subjetividade e técnicas de neuroimageamento. Em suma, uma
investigação mais aprofundada da atividade dos
circuitos neuronais subjacentes à representação
simbólica revelará a função primordial da
mente ( Jung et al., 1969; Nicolelis & Ribeiro, 2002; 2007)



















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