segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Escrevi uma pequena narrativa sobre menino que vai visitar o avô na fazenda durante as férias.
O menino é morador de zona urbana e se surpreende com os animais (sapo) e tenta entender qual o processo biológico que leva o batráquio a pular. Se quiser saber mais, mande mensagem para Amauri Bartoszeck, Instituto de Neurociência do PR que lhe remeto a estória.

Neurociências, altas habilidades e implicações no currículo Amauri Betini Bartoszeck

resumo


http://dx.doi.org/10.5902/1984686X14284
O presente estudo inicialmente define e descreve as sub-disciplinas que compõem as neurociências com potenciais aplicações educacionais para crianças e adultos  identificados com altas habilidades. Objetiva-se com uma breve introdução morfofuncional ao sistema nervoso que serve de pano de fundo para auxiliar o entendimento da ponte teórico-experimental da relação de neurociências e altas habilidades. São salientados aspectos da base evolucionista e biológica, que conjectura-se possam estar estruturados nos circuitos neuronais, subjacentes aos padrões de realce da sensibilidade auditiva e eficiência da memória. Discute-se como se dá a codificação da informação, formas de detectar associações e analogias, exemplificando-se regiões cerebrais envolvidas no pensamento matemático. São analisadas modificações estruturais e a dinâmica da plasticidade sináptica subjacentes à “talentosidade” e como a base genética interage com as experiências do ambiente. São também discutidos métodos usuais na identificação de crianças e adolescentes com indicação de superdotação. Avaliam-se comparativamente características de crianças “prodígios” e “savants”. São listadas perguntas motivadoras e instigantes para o aprofundamento de pesquisas em neurociências que possam consolidar o conhecimento de como áreas do cérebro processam a informação  de modo vantajoso no raciocínio e aprendizagem, com implicações para educadores. Conclui-se com sugestões de métodos alternativos de ensino, enfatizando-se exemplos de aplicações práticas na área de ciências biológicas.

Palavras-chave


Neurociências; Altas Habilidades, Currículo.
Texto completo: PDFhttp://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/educacaoespecial/article/view/14284/pdf

domingo, 17 de maio de 2009

Investigating Brazilian children’s concept of insect

Brazil/U.K.)
Research questions: Children 4, 5, 6 year olds attending public schools in northwestern Brazil were asked to draw on a sheet of blank paper a representation of what “insect” meant to them. Later they were interviewed to spontaneously say the name of as many insects they know, where they found out or saw them everyday at school or “around” and their sources of knowledge. Drawings analyses show salient features mainly wings, antennae, legs and elongated body. The youngest children drew fewer species and some older also drew non-insect invertebrates. A few children reproduced human faces on their specimens, and recalled few names of insects. The most mentioned were butterfly, bee, beetle and surprisingly caterpillar. Children reported home, family and friends observation as the more numerous source of knowledge, less school although garden and farm visits were featured. Media was the least cited source of knowledge and the most often cited was real life. Therefore, learning about insects endemic to the country where pupils live is part of their learning about science in the everyday world.
Principal researchers: Amauri Bartoszeck, Univ. of Paraná, Brazil; Bernadete R. da Silva, Rio Branco, Brazil; Sue Dale Tunnicliffe, Univ. of London, UK.
Time span: Start mid -2008, hope to finish end of 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

NEUROPSICANALIS_BAK[3]



1







Neuropsicanálise: uma reconciliação
possível
? (Artigo completo)







Amauri B. Bartoszeck, Fellow in Basic Medical Education
(ECFMG-Philadelphia), Consultor Acadêmico e de Pesquisa
Científica do Instituto de Neurociência do Paraná
(INEPR), abbartoszeck@gmail.com.







Introdução.







A Neurociência constitui-se em uma via
interdisciplinar que possibilita entender a estrutura e
funcionalidade do cérebro humano. A neurociência moderna
representa a fusão de outras disciplinas entre si, como a
biologia celular, embriologia, neuroanatomia, neurofisiologia,
psicofarmacologia (Kandel et al., 2003; Purves et al., 2005). A
Psicanálise em interação com a Neurociência
articula uma das mais novas pontes entre as ciências humanas e
as ciências naturais (Soussumi, 2004; Lyra, 2004). O fenômeno
da ansiedade, por exemplo, pode ser devido à modificação
da neurotransmissão sináptica, à síntese
protéica na membrana neuronal ou ainda devido a regressão
do indivíduo ansioso à fase infantil e a permanência
de sofrimento por estímulos aversivos, ou no caso da
depressão, “desregulagem” no mecanismo de defesa
(Rodrigues, 1985; Nesse, 2000; Wickens, 2000; Le Doux, 2000). Tem
como elo o conhecimento do desenvolvimento filogenético, isto
é o caminho da descendência à partir dos
antecessores, e ontogenético, qual seja o desenvolvimento do
indivíduo a partir da célula ovo (zigoto) até a
fase adulta da espécie animal, incluindo o ser humano (Karp &
Berrill, 1981). No plano comportamental pode ser visto na perspectiva
darwiniana da Psicologia Evolucionista (Nesse & Willimams, 1994;
Nesse & Berridge, 1997; Mayr, 1997; Barrett et al., 2002; Workman
& Reader, 2004; Souza, 2007; Zimmer, 2008). É uma
abordagem que visa re-examinar o comportamento humano á luz da
seleção natural. Está baseada no fato que um dos
antecessores do homem atual, a espécie Homo habilis que
apareceu a cerca de 2.5 milhões de anos atrás, ter
evoluído durante muitos anos em um meio-ambiente muito
diferente do atual (Facchini, 1997; Foley, 2003; Calvin, 2004).
Todavia, nossos predecessores enfrentavam várias vicissitudes
para se adaptarem a savana. Entre as limitações para
garantir a sobrevivência, destacam-se a necessidade de
manter-se aquecido, encontrar alimento e evitar doenças,
acidentes e predadores. Além disso, era preciso superar as
limitações sociais, qual seja a manutenção
de reciprocidade nas ações, identificar e evitar os
farsantes, assegurar boa posição na hierarquia do
grupo, e acima de tudo encontrar parceira para reprodução
e, ao mesmo tempo, garantir uma ligação forte para
criar a prole (Evans & Zarate, 1999; Ridley, 2000).







Evolução e psique.



A evolução além de selecionar as
características físicas do indivíduo melhor
adaptadas ao meio ambiente pretérito, também selecionou
mecanismos psíquicos mais vantajosos para lidar com situações
sociais da época. Assim, vê-se que nosso cérebro
não foi selecionado para viver num ambiente urbano, altamente
tecnológico como o atual. Para as funções
básicas do cérebro, que organiza a homeostasia do
corpo, isto é, as condições do ambiente interno
e os processos dos mecanismos reguladores pela retroalimentação,
isto não importa, mas para outras, como a ativação
crônica do sistema de alarme, pode ser desastroso para o
organismo, como manifestações inesperadas de ansiedade
(Morgan, 1982, 1995; Barondes, 1998; Cartright, 2001; Pinel, 2005;
Fox, 2007).



A dinâmica da teoria psicológica da
consciência alicerça a eficácia da técnica
psicanalítica, demonstrada empiricamente pela pesquisa
corrente da Neurociência.



Postula-se que os fenômenos humanos são
biológicos em suas raízes, sociais em seus fins e
mentais em seus meios. Contudo, outras correntes científicas,
notadamente a reflexologia e o comportamentalismo, propõe que
os fenômenos humanos, só podem ser avaliados pelo
mecanismo de “estímulo-resposta”, descartando de
certa forma o cérebro, por ser a “caixa preta”
pouco passível de decifração (Skinner, 1970). Em
oposição a essa abordagem, há uma ala de
pesquisadores que valorizam os mecanismos cerebrais, geradores do
comportamento humano (Andreassi, 1989).







Representação do conhecimento.



O uso de modelos para representar conhecimento tem uma
base científica (Gentner & Stevens, 1983; Gilbert, 1991;
Gilbert & Boulter, 2000). As analogias são úteis na
tentativa de interpretar o funcionamento do cérebro. Assim,
este órgão biológico historicamente tem passado
pelos modelos hidraúlico, entérico, epitelial (Savy &
Clément, 2002).



O estudo das funções cerebrais requer uma
metodologia multidimensional que enfoque aspectos neurobiológicos
e comportamentais em relação ao meio ambiente
(Shepherd, 1998). Atualmente, o cérebro tem sido visto nas
seguintes perspectivas:




  • Circuito eletro & eletrônico regido por
    servomecanismos e sistemas de retroalimentação
    (feedback);



  • sítio da memória, dos pensamentos, da
    inteligência, da emoção;



  • sistema físico-químico regido pela
    casualidade e auto-organizado (Black, 1991; Kelso, 1995).







Evolução da mente.







A mente é considerada uma “entidade”
que foi construída com lentidão temporal, que em função
de um substrato biológico extremamente complexo, gera o
processo mental. Nos humanos os domínios da mente, tais como
social, lingüístico, naturalista estão integrados,
permitindo a emergência do pensamento simbólico, sendo
extremamente primitivo nos antepassados hominídeos. Assim, a
mente do chimpanzé e a mente humana, além da diferença
de grau, mostram profunda diferença estrutural (Mithen, 1998;
Ornstein, 1998; Rapchan, 2005). O mecanismo de internalizar a
experiência advinda da interação com o meio
ambiente, torna-se básico para a construção da
mente. Funções superiores do cérebro, tais como
memória, sono & sonho, linguagem, pensamento, emergem da
configuração de grupos neuronais interagindo com
estímulos internos & externos oriundos do meio (Carter,
2002). Desta feita, o sistema nervoso mais complexo, é como se
fosse uma interface, que permite o indivíduo organizar a
informação captada pelos canais sensoriais, e
transformá-la em significado. O complexo cérebro-mente
lida com a informação inicialmente no plano dos
receptores sensoriais. Assim, se tivéssemos uma banana, suas
qualidades físicas seriam analisadas e decodificadas pelo
indivíduo, de acordo com a experiência, aprendizagem e
memória anterior, como forma, cor, se está madura,
lembrança do sabor, (Levitan & Kaczmarek, 1997). Depois as
informações são processadas na esfera
intra-cerebral e se atribui significado no nível semântico.
Assim, a banana pode ser vista como meramente uma fruta saborosa, ou
se fazer cogitações sobre suas qualidades nutricionais,
aos turbantes de Carmen Miranda ou alusão pejorativa à
“Banana Republics”. A mente tenta decodificar o mundo e
dar-lhe ordem e significado (Varela et al.,1991; Rose, 1992). A
imprecisão e a contradição são inerentes
ao raciocínio humano. Na dúvida, procura-se pelo
pensamento difuso, nebuloso de lidar com a imprecisão e a
ordem & desordem das coisas e eventos (Nick, 1993; Harth, 1993;
Greenpan & Benderly, 1997). Esta forma de pensamento busca
alternativas por meios de raciocínio “desconstrutivo”
, conduzindo a criatividade (Hofstadter, 1980; Demo, 2002; Edelman,
2004; 2006).



A organização do complexo “mente-cérebro”
pode ser estudado em 4 níveis, que mostram certa ordem
hierárquica “bottom-up” (Franklin, 1995):








  • [1] nível neurobiologia do desenvolvimento:
    organização dos circuitos neuronais e sinapses
    orquestrado geneticamente, embora posteriormente influenciado por
    fatores de natureza sociocultural;



  • [2] nível neuronal: características
    biofísicas da membrana excitável, como a dinâmica
    dos canais iônicos, ativação dos receptores aos
    neurotransmissores na superfície da membrana.



  • [3] nível funcional: organização e
    atividade dos circuitos neuronais;



  • [4] nível conceitual: representado pelas “redes
    semânticas”, sistemas conexionistas;




Historicamente sabe-se que existe especialização
de um dos hemisférios cerebrais para a função da
linguagem (Springer & Deutsch, 1998). Fatores culturais de um
determinado ambiente, por o uso de símbolos para a
representação da linguagem escrita, podem direcionar a
organização cerebral (Pinker, 1994; Deacon, 1997). Nos
japoneses (e possivelmente nos chineses) a organização
dos circuitos neuronais para a linguagem, difere da dos ocidentais
(Marino, 1989). Desta forma, os caracteres ideográficos
“kanji” são processados no “cérebro
direito” ao passo que os símbolos de linguagem não
ideográficos “kana” são processados no
“cérebro esquerdo”. Contudo, em estudos feitos com
indivíduos, que por razões neurológicas, tiveram
a secção do corpo caloso separando os dois hemisférios,
revelou-se que tanto o kanji como o kana, são processados
principalmente no “cérebro esquerdo” e a função
do “cérebro direito” destes pacientes japoneses
para a leitura e escrita do “kanji” é de fato
mínima ( Hatta, 1998; Iwata, 1986).







Evolução do comportamento.







Os seres vivos (animais e plantas) organizam sua
existência dentro do binômio -captação de
nutrientes e combate aos predadores. Qual seja a inserção
no mundo natural está calcada na evolução
filogenética, pari-passu com a ontogênese. As espécies
animais particularmente desenvolveram estratégias voltadas ao
ataque, a defesa de sua integridade ou da prole, e ou fuga do
predador. O medo de certas situações foi trazido á
tona por estratégias preservadoras da vida. O cérebro
tem mecanismos intrínsecos que lhe faculta auto-aprendizagem,
nem sempre dependendo de mecanismos conscientes. São
comportamentos adaptativos desenvolvidos pela evolução,
no esquema “comportamento-adaptação-sobrevivência”
(Rocha, 1999; Allman, 2000).



Há uma semelhança evolutiva entre os
indivíduos pluricelulares e os unicelulares, como o
protozoário da espécie Paramecium sp., cuja membrana
celular possui canais iônicos que permitem a troca de íons
e outras substâncias químicas com seu micro-ambiente e o
neurônio único isolado.Todavia não possuem
sistema nervoso, mas pode-se supor os componentes rudimentares do
reflexo. A variação nos gradientes de concentração
de substâncias no ambiente, transferência para o interior
da célula e podem eliciar atividade motora evitando obstáculos
(Hille, 1994). Ao se fazer o registro do potencial de repouso
(membrana) neste organismo unicelular, obtém-se ao redor de
-50 mV, muito próximo do observado em neurônio de
vertebrados (Cotterill, 2001). No entanto, nos seres pluricelulares
além dos processos elementares do processamento neuronal e
particularmente nos primatas, as funções “superiores”
como inteligência e linguagem são atividades
“emergentes” do arranjo funcional de circuitos neuronais,
que formam um mosaico instável tal qual a figura formada pelo
caleidoscópio, que se modifica a cada agitação
da mão ( Jewett & Rayner, 1984; Edelman,1989; 1992).











Andaimes de duas culturas.



A linha de demarcação entre ciência
(particularmente a Física) e humanidades sempre foi ignorada
pelos pesquisadores e escritores, gerando inúmeras idéias
errôneas entre os dois campos, sendo que a integração
de saberes uma postulação e prática recente
(Snow, 1959).



Nos idos de 1880 a comunidade científica se
debruça sobre o fenômeno neurológico da
“histeria” isto é sintomas de dissociação,
que podem se manifestar por paralisia de membros, bloqueio na
sensibilidade tátil, perturbação na habilidade
de falar segunda língua. Um segundo aspecto era a “epilepsia”,
qual seja “trens” de descarga elétrica (potencial
de ação) em alta freqüência e quase
simultâneos, provocando perda da consciência, que se
manifesta como estado de “ausência”, em quase todo
a córtex cerebral e tálamo. Estas manifestações
comportamentais, estavam sendo investigadas por pesquisadores
oriundos de várias áreas do conhecimento da época.
Aperfeiçoam-se, desta feita, as observações do
corpo humano com relação ao sistema nervoso, isto é
a manifestação comportamental com base no cérebro.
É o embrião dos princípios básicos das
neurociências e da psicologia científica tendo como
objeto de estudo, ainda que por abordagens distintas o comportamento
humano. Nesta ocasião, S. Freud fazendo uso de sua experiência
nas investigações de neuroanatomia animal comparada, e
a contribuição de Ramon y Cajal na identificação
do neurônio e circuitos neuronais, postula o conceito de
inconsciente na sua teoria da mente e os fundamentos da terapia pela
técnica da Psicanálise, na perspectiva de ciência
natural. A maioria de seus contemporâneos já fazia
distinção entre fatores biológicos e processos
psicológicos No entanto, os métodos experimentais e os
aparatos tecnológicos da época o afastam de localizar
sítios neurais responsáveis pelas manifestações
psíquicas e comportamentais. Parte para fazer interpretações
de cunho filosófico e analisar essencialmente variáveis
psicológicas e junto com seus seguidores, ainda que a
psicanálise se expanda para vários ramos do
conhecimento, adota uma postura hermenêutica (Roudinesco,
2000). Vários de seus seguidores vão a extremos e
tentam explicar todos os sintomas clínicos em termos do
“inconsciente”. O inconsciente não é o
depósito dos traumas e frustrações que passam a
orientar a atitude do indivíduo, nem todo sonho traduz um
desejo irrealizado, nem toda carência é sexual. A mente
nos seus aspectos fisiológicos e a influencia cultural é
o produto do cérebro, e tem expressão orgânica.
Desta forma, a psicanálise se afasta dos ditames da ciência
natural, pela dificuldade de se submeter ao “método
experimental” e perde a credibilidade frente a comunidade
científica mundial (Gazzaniga, 1992; Lepargneur, 1994;
Harris, 1998).



No entanto, a teoria freudiana se preocupa como a mente
se forma, se desenvolve e mescla em seus produtos, como um mecanismo
do cérebro, e para entender sua origem e amadurecimento, se
faz mister desvelar as raízes biológicas de sua origem.
Assim, concebe o psiquismo como um processo adaptativo para a
preservação da vida (Jaynes, 1976; Taylor, 1979;
Dawkins, 1995; Greenfield, 1995; 1996; Andrade, 2003). Uma ferramenta
importante para o estudo da psique são os conteúdos
oníricos, tão caro à teoria psicanalítica
e ponte de integração com a abordagem neurocientífica
(Lemgruber et al., 2004; Lyra, 2006; Cheniaux, 2006). . Contudo, o
objeto de investigação da neurociência é o
sono, particularmente sono-REM, sua origem evolutiva, significado na
aprendizagem e memória e influência no controle da
homeostasia do corpo do indivíduo (Magnin, 1992; Orlock, 1993;
Hobson, 1994; Dement, 1999). Solms, (1995, 2000) entretanto afirma
que sono-REM e sonhos podem ser dissociáveis, ocorrendo quase
10% deles na fase não-REM. O primeiro por mecanismos da
atividade colinérgica da ponte e o último pelos
circuitos dopaminérgicos do cérebro anterior. Por outro
lado o sistema mesolímbico-mesocortical está
relacionado com estados motivacionais como beber, comer, copular,
sendo este sistema gerador do sonho. Assim, a hipótese de que
os desejos são instigadores dos sonhos proposta por Freud,
encontra apoio na relação sonhos ativação
do sistema mesolímbico-mesocortical (Cheniaux, 2006). Outra
abordagem salienta a visão psicanalítica de que os
sonhos contêm dados do dia anterior os “restos do dia”,
que incluem atividades dos mecanismos de memória (Ribeiro &
Nicolelis, 2004). Desta forma, facilitando o aprendizado, e assim os
sonhos podem desempenhar papel marcante na consolidação
das memórias, facilitando a trajetória das mais
recentes do hipocampo para a maior permanência no córtex
pré-frontal (Ribeiro, 2003).



Conclusão



Edelman & Tononi, (2002) afirmam que o inconsciente,
no sentido freudiano, continua a ser uma noção
indispensável para a compreensão científica da
vida mental do indivíduo, apesar do grande avanço
experimental da neurociência e o aperfeiçoamento do
suporte tecnológico. Kandel, (1999) propõe oito pontos
que permitiriam a ancoragem vantajosa das naves da Biologia e
Psicanálise na seara do pensamento contemporâneo.
Salientamos dois pontos: a existência de uma relação
entre o pré-consciente, o inconsciente freudiano, e a córtex
pré-frontal; a relação entre a psicoterapia e
alterações nos circuitos neuronais do cérebro,
resultantes da aprendizagem e memória, monitorados na
subjetividade e técnicas de neuroimageamento. Em suma, uma
investigação mais aprofundada da atividade dos
circuitos neuronais subjacentes à representação
simbólica revelará a função primordial da
mente ( Jung et al., 1969; Nicolelis & Ribeiro, 2002; 2007)



















Referência.



Allman, J. M. (2000). Evolving brains.New York, NY:
Scientific American Library.



Andrade, V. M. (2003). Um diálogo entre
Psicanálise e Neurociência. São Paulo, SP: Casa
do Psicólogo Livraria & Ed.



Andreassi, J. L. (1989).
Psychophysiology: human behavior and physiological responses.
Hillsdale, NJ:Lawrence Erlbaum Assoc.



Barondes, S. H. (1998). Mood genes:
hunting for origins of mania and depression. New York, NY: W. H.
Freeman Co.



Barrett, L., Dunbar, R., Lycett, J. (2002). Human
evolutionary psychology. Houndmills, UK: Palgrave MacMillan.



Black, I. B. (1992). Information in the brain: a
molecular perspective. Cambridge, MA: MIT Press.



Calvin, W. H. (2004). A brief history of the mind: from
apes to intellect and beyond. New York, NY: Oxford Univ. Press.



Carter, R. (2002). O livro de ouro da mente: o
funcionamento e os mistérios do cérebro humano. Rio de
Janeiro, RJ: Ediouro.



Cartwright, J. H. (2001).
Evolutionary explanations of human behavior. Hove, UK: Routledge.



Cheniaux, E. (2006). Os sonhos:
integrando as visões psicanalíticas e neurocientífica.
Revista de Psiquiatria RS, 28(2):169-177.



Cotterill, R. M. J. (2001).
Cooperation of the basal ganglia, cerebellum, sensory cerebrum and
hippocampus: possible implications for cognition, consciousness,
intelligence and creativity. Progress in Neurobiology, 64: 1-33.



Dawkins, R. (1995). River out of Eden. New York, NY:
Basic Books.



Deacon, T. W. (1997). The symbolic species: the
co-evolution of language and the brain. New York,NY: Norton Co.



Dement, W. C., Christopher, C. (1999). The promise of
sleep. New York, NY: Delacorte Press.



Demo, P. Complexidade e aprendizagem: a dinâmica
não linear do conhecimento. São Paulo, SP: Ed. Atlas.



e cerveau d´élèves de maternelle et
du primaire. Actes JIES, 24:509-514.



Edelman, G. M. (1989). The remembered present: a
biological theory of consciousness. New York, NY: Basic Books.



Edelman, G. M. (1992). Bright air, brilliant fire: on
the matter of the mind. New York, NY: Basic Books.



Edelman, G. M. (2004). Wider than the sky: the
phenomenal gift of consciousness. New Haven, CT: Yale Univ. Press.



Edelman, G. M. (2006). Second nature: brain science and
human knowledge. New Haven, CT: Yale Univ. Press.



Edelman, G. M., Tononi, G. (2000). A universe of
consciousness: how matter becomes imagination. New York, NY: Basic
Books.



Evans, D., Zarate, O. (1999).
Introducing evolutionary psychology. Cambridge, UK: Icon Books.



Facchini, F. (1997). Origem e
evolução do homem. São Paulo, SP: Ed. Moderna.



Foley, R. (2003). Os humanos antes da humanidade: uma
perspective evolucionista. São Paulo, SP: Editora Unesp.



Fox, I. S. (2007). Fisiologia Humana. Barueri,
SP: Editora Manole.



Franklin, S. P. (1995). Artificial minds. Cambridge, MA:
MIT Press.



Gazzaniga, M. S. (1992). Nature´s mind: the
biological roots of thinking, emotions, sexuality, language , and
intelligence. New York, NY: Basic Books.



Gentner, D., Stevens, A. L. (1983).
Mental models. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum.



Gilbert, S. W. (1991). Model building and a definition
of science. Journal of Research in Science Teaching, 28(1):73-79.



Greenfield, S. A. (1995). Journey to
the centers of the mind. New York, NY: W. H. Freeman.



Greenfield, S. A. (1996). Human mind explained: an
owner´s guide to the mysteries of the mind. New York, NY: Henry
Holt Co.



Greenspan, S. I. (1997). The growth of the mind: and the
endangered origins of intelligence. Reading, MA: Addison-Wesley Pub.



Harris, J. (1998). How the brain talks to itself: a
clinical primer of psychotherapeutic neuroscience. New York, NY: The
Haworth Press.



Hart, E. (1993). The creative loop: how the brain makes
a mind. Reading, MA: Addison-Wesley Pub.



Herbert, N. (1993). Elemental mind: human consciousness
and the new Physics. New York, NY: Dutton Signet.



Hille, B. (1984). Ionic channels of excitable membranes.
Sunderland, MA: Sinauer Assoc.



Hobson, J. A. (1994). The chemistry of conscious states.
New York, NY: Little, Brown Co.



Hofstadter, D. R. (1980). Gödel, Escher, Bach: an
eternal golden braid. New York,NY: Vintage Books.



Iwata, M. (1986). Neural mechanism of
reading and writing in the Japanese language. Functional Neurology,
1:(43):120-127.



Jaynes, J. (1976). The origin of
consciousness in the break-down of the bicameral mind. Boston, MA:
Houghton Mifflin Co.



Jewett, D. L., Rayner, M. D. (1984). Basic concepts of
neuronal function. Boston, MA: Little Brown Co.



Jung, C. G., Von Franz, M. L. (1969). Man and his
symbols. New York, NY: Doubleday.



Kandel, E. R. (1999). Biology and the future of
psychoanalysis: a new intellectual framework for psychiatry
revisited. American journal of psychiatry, 156:505-524.



Kandel, E. R., Jessell, T. M.,
Schwartz, J. H. (2003). Princípios da Neurociência.
São Paulo,SP: Manole Ed.



Karp, G., Berrill, N. J. (1981).
Development. New York, NY: McGraw-Hill Co.



Kelso, J. A. S. (1995). Dynamic patterns: the
self-organization of brain and behavior. Cambridge, MA: MIT Press.



Le Doux, J. E. (2000). Emotion circuits in the brain.
Annual Review of Neuroscience, 23: 155-184.



Lemgruber, V. et al (2004). A
neurociência como compreensão científica para a
metapsicologia freudiana. Neurociências, 1(3):1-11.



Lepargneur, H. (1994). Consciência corpo e mente.
Campinas, SP: Papirus Editora.



Levitan, I. B., Kaczmarek, L. K. (1997). The
neuron: cell and molecular biology. New York, NY: Oxford Univ.
Press.



Lyra, C. E. S. (2004). Neurociência
e psicanálise: o início de um diálogo.
Neurociências, 1(3):1-3.



Lyra, C. E. S. (2006). O que é metapsicologia
científica? Revista de Psiquiatria RS,
28(3):255-262.



Magnin, P. (1992). O sono e o sonho. Campinas, SP:
Ed. Papirus.



Mayr, E. (1997). This is biology: the science of the
living world. Cambridge, MA: Harvard Univ. Press.



Mithen, S. (1998). A pré-história da
mente: uma busca das origens da arte, da religião e da
ciência. São Paulo, SP:Ed. Unesp.



Morgan, E. (1982). The aquatic ape.
New York, NY: Stein and Day Publ.



Morgan, E. (1995). The descent of the child. New York,
NY: Oxford Univ. Press.



Morin, E. (1975). O enigma do homem. Rio de Janeiro, RJ:
Ed. Zahar.



Nesse, R.



M., Williams, G. C. (1994). Why we get sick: the new
science of Darwinian medicine. New York, NY: Times Books.



Nesse, R. M. (2000). Is depression an
adaptation? Archives of General Psychiatry, 57:14-20.



Nesse, R. M., Berridge, K. C. (1997). Psychoative
drug use in evolutionary perspective. Science, 278: 64-66.



Nicolelis, M. A. L., Ribeiro, S. (2007). Em busca do
código neural. Scientific American BR, 5(56):39-47.



Nicolelis, M., Ribeiro, S. (2002). Multielectrode
recordings: the nest steps. Current opinion in Neurobiology,
12:602-606.



Orlock, C. (1993). Know your body
clock. New York, NY: Barnes & Noble.



Ornstein, R. (1998). A mente certa: entendendo o
funcionamento dos hemisférios. Rio de Janeiro, RJ: Ed. Campus.



Partridge, L. D., Partridge, L. D. (1993). The
nervous system: its function and its interaction with the world.
Cambridge, MA: MIT Press.



Pinel, J. P. (2005). Biopsicologia. Porto Alegre, RS:
Artmed Ed.



Pinker, S. (1994). The language
instinct: how the mind creates language. New York, NY: W. Morrow Co.



Purves, D. et al. (2005). Neurociências. Porto
Alegre, RS: Artmed Ed.



Rapchan, E. S. (2005). Chimpanzés possuem
cultura? Questões para a antropologia sobre o tema “bom
para pensar”. Revista de Antropologia, 48(1):227-280.



Ribeiro, S., Nicolelis, M. A. (2004). Reverberation,
storage, and postsynaptic propagation of memories during sleep.
Learning and Memory, 11(6):686-696.



Ridley, M. (2000). As origens da
virtude: um estudo biológico da solidaridade. Rio de
Janeiro, RJ: Ed. Record.



Rocha, A. F. (1999). O cérebro: um breve relato
de sua função. Jundiaí, SP: EINA.



Rodrigues, R. (1985). Psicanálise e neurociência:
um modelo neurobiológico da personalidade humana. Porto
Alegre, RS: D.C. Luzzatto Eds.



Rose, S. (1992). The making of memory: from molecules to
mind. New York, NY: Anchor Books.



Roudinesco, E. (2000). Por que a psicanálise? Rio
de Janeiro, RJ: J. Zahar Ed



Savy, C., Clément, P. (2002). Dessine ce qu´il
y a dans ta tetê!: conceptions sur l



Shepherd, G. M. (1998). The synaptic organization of the
brain. New York, NY: Oxford Univ. Press.



Skinner, B. F. (1970). Ciência
e comportamento humano. Brasília, DF: Ed. Univ. de Brasília.



Snow, C. P. (1959). The two cultures and the scientific
revolution. New York,NY: Cambridge Univ. Press.



Solms, M. (1995). New findings on the
neurological organization of dreaming: implications for
psychoanalysis. Psychoanalysis Quarterly, 64(1):43-67.



Solms, M. (2000). Dreaming and REM
sleep are controlled by different brain mechanisms. Behaviour and
Brain Sciences, 23(6):843-850.



Soussumi, Y. (2004). O que é
neuro-psicanálise. Ciência e Cultura,
56(4):45-47.



Souza, A. A. L. de, Ferreira, J. H. B., Cosentino, L. A.
M., Varella, M. A. C. (2007). Uma longa história.
Psique-ciência & vida, 2(6):8-13.



Springer, S. P., Deutsch, G. (1998).
Cérebro esquerdo, cérebro direito. São
Paulo,SP: Summus Editorial.



Taylor, G. R. (1979). The natural history of the mind.
New York, NY: E. P. Dutton.



Varela, F. J., Thompson, E., Rosch, E. (1991). The
embodied mind: cognitive science and human experience. Cambridge, MA:
MIT Press.



Workman, L., Reader, W. (2004). Evolutionary Psychology:
an introduction. Cambridge, UK: Cambridge Univ. Press.



Zimmer, C. (2008). What is a species? Scientific
American, 298(6):48-55.














































sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Mapeamento Conceitual 

O Mapeamento Conceitual 


Cada pessoa forma uma imagem mental interna de um cenário. Quando o indivíduo internaliza uma cena esta é expressa nos seus próprios termos, de forma que mais tarde seja capaz de traze-la a sua mente com maior riqueza de detalhes. Hoje há quase que um consenso que a motivação para aprender e a construção estruturada do conhecimento é uma característica muito pessoal. Na arena educativa o estudante quase nunca chega com uma mente "vazia" mas possui uma estrutura mental, muito sua, particular e pouco transferível. Embora o aprendizado de itens de informação isolados seja importante, por exemplo : lembrar qual o símbolo químico do Potássio; qual o nome do vaso que leva sangue arterial, a maioria das pessoas pode reter na memória entre 4 a 9 itens de informação corrente. Mais do que isto, elas simplesmente esquecem. Para que se tenha o encadeamento das idéias, dos pensamentos de uma forma inteligente, crítica é necessário que o estudante adicione significado aos itens de informação, inserindo-os no arcabouço conceitual de sua estrutura mental. O estudante precisa filtrar a informação, decidir onde ela se encaixa na constelação dos conceitos. Todos nós precisamos praticar para alçar o item do mero nível de informação esparça para o nível conceitual mais complexo e abrangente, isto é conhecimento. 

Não basta entender os fatos, os event...

Não basta entender os fatos, os eventos mas como estes estão organizados, como se relacionam. O mapa conceitual representa relações entre conceitos, como o conceito [x] se relaciona de maneira lógica com o conceito [y]. Esta estratégia educativa enquanto apela para a visualização espacial dos conceitos respeita o pressuposto básico que as pessoas aprendem de modo, taxa de retenção e recuperação variáveis.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Perguntas


ENTREVISTA SOBRE O ENSINO DE
FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO
(Entrevistadora Ana Vecchio,4º ano de Filosofia da Metodista em SP)

Prof. Flavio Kulevicz Bartoszeck[Entrevistado)  Curitiba- Pr






1º) Qual a importância da filosofia?

A filosofia em sua essência deveria ser uma procura pela sabedoria. Esta procura deveria ser feita em duas frentes principais, a primeira a via do método, a segunda da reflexão. Pelo método entendemos, como proceder. Pela reflexão, saber o que veio antes. A importância da Filosofia seria, então a de dar a oportunidade de melhorarmos como acontece o "conhecer" , como também saber o que já pensaram a respeito dos problemas do conhecer.







2º) Qual a relação e a importância
com o trabalho desenvolvido em sala de aula?

O trabalho desenvolvido em sala de aula está pautado em propiciar aos estudantes duas aptidoes principais. A primeira é de lidar confortavelmente com os aspectos históricos dos trabalhos filosoficos, ou seja, uma explicação abrangente e sistematica dos principais filósofos e suas contribuições. Esta seria a vertente da reflexão. Para a vertente do método seriam empregados conteúdos temáticos( liberdade, trabalho, alienação), para que o aluno possa, um dia por na prática um sistema pessoal de resoluções de problemas.







3º) Em relação ao conteúdo
filosófico qual a realidade dos discentes?

Os alunos sentem-se melhor atraidos a temática do que ao conteúdo histórico. O que é de se esperar, levando-se em conta experiências do ensino de história pura, o qual  angaria maior exito quando trata de assuntos atuais em detrimento dos temas longínquos, de tão distantes beiram o abstrato. 







4º) O que e como trabalha a filosofia em sala de
aula?



A Filosofia em sala de aula é trabalhada utilizando-se de livros desenvolvidos pelos próprios professores chamado " projeto Folhas" http://www8.pr.gov.br/portals/portal/projetofolhas/index.php  

Este seria um apanhado elaborado entre temas e história da filosofia, porém de difícil manipulação e assimilação dos alunos sozinho, sendo utilizado livros de temas tranversais repassados pelas editoras que tratam da disciplina. 


5º) Qual a relação da formação
acadêmica e a prática de Ensino?

A formação em filosofia trata em excelencia a pesquisa científica. Porém, mesmo na dita licenciatura peca em munir os futuros professores com as ferramentas necessárias no lidar com o ensino obrigatório. Tal discrepância deve-se ao fato do caminhar filosófico ser pensado como um ato de livre escolha, algo incompatível com alunos os quais está facultada, ainda qualquer tipo de escolha.







6º) Qual a percepção discente da
filosofia?

A percepção é majoritariamente negativa. Porém, os discentes expressão uma opinião negativa sobre todas as materias do quadro de disciplinas. O problema, então não está somente quanto ao como a Filosofia deve ser ensinada, mas sim em como todas as disciplinas devem ser ensinadas.







7º) Há algum elemento do Ensino da Tradição
que fundamenta a sua prática?

A minha prática fundamenta-se mais em tentativas pessoais de ensino e resposta utilizando-se os alunos como feedback. Tal qual a ciência, estratégias que não funcionam devem ser descartadas. Teorias que não sejam verdadeiras, devem ser pautadas como sendo de conteúdo histórico, pois o curso de filosofia é sobre a procura da sabedoria e não um curso de mitologia, do repassar informação duvidosa com uma aura de importância.







8º) Qual a relação da escola, com o
poder local e a comunidade?

A escola tenta que a comunidade faça a sua parte em desenvolver a escola. Porém, a sociedade já delegou esses poderes para o estado. O estado deveria fazer leis e cumpri-las para que o encaminhamento do trabalho pedagógico ocorra. Como tal não acontece há um jogo de acusações e trocas de responsabilidades. O aluno acaba ficando como um número, sendo da custódia da escola, que pouco pode fazer.







9º) A docência é uma prática ou
uma profissão solitária. Por quê?

A docência, em termos de ensino básico é uma prática compartilhada. Compartilhada pois, os professores veem-se com tantos percaulços em sua investida na educação que o unico amparo é o seu colega de intervalo ou hora atividade. Diferentemente do ensino superior(ou(e) o particular), o qual por sua natureza de pesquisa, há uma inerente rivalidade entre os professores, pois todos estão disputando as famosas " hora aulas" e podem a todo momento perder o seu posto, por outra pessoa melhor qualificada ou relacionada, gerando uma reserva natural entre os profissionais.







10º) Qual a linguagem desenvolvida em sala de aula
e a técnicas ou modo como lida para que o aluno compreenda e
se interesse pela filosofia?

A linguagem desenvolvida deveria ser de um nível de compreensão dos alunos. Porém, isso é de difícil tratamento. Com a suavização da linguagem o aluno perde a oportunidade de encontro com maneiras diferentes do pensar. Pois, um estilo mundado de fala encobre os significados dos conceitos. Assim, a Filosofia, vira uma verdadeira " filosofia de Butequim" .







11º) Educação é alienação
ou esclarecimento?

A educação, se for tratada de uma forma de compromisso é esclarecimento. Se for feita de uma forma obrigatória, mandatária é alienante.







12º) Qual a sua concepção de
Educação.

A minha concepção de educação prescreve um acordo entre as partes. Acordo entre aquele que envia a informação com aquele que a recebe. Este acordo pode prescrever a correção do conhecimento vindouro da informação, pois, todos nós apreendemos de forma diferente a informação, transformando a em conhecimento. Tal adequação pode ajudar uma das partes do acordo numa possível inserção no mercado de trabalho e de pesquisa.